sábado, 28 de novembro de 2015
A beleza sublime
A beleza é minha, é sua, basta-nos acercarmos da realidade, abrirmos bem os olhos para apreender o que está em nossa cara e, ainda assim, criamos inúmeros subterfúgios para destacar o óbvio que não precisa de explicações, pois é o belo mais simples que merece um olhar mais demorado, que não precisa de explicações pomposas e elaboradas para apenas vermos, olhar e não ter necessidade de explicação, como colocar palavras para descrever o que só o olhar consegue enxergar ?Como usar os adjetivos para o sublime? As palavras não são suficientes para que o outro, ao ler, compreenda a magnitude do que nos deixou perplexos, surpresos e maravilhados, beleza não se explica, mesmo porque o que é belo para mim, pode não ser para você, mas em algo devemos concordar, o belo existe e deve ser contemplado, admirado e que nos embriague, levando-nos a um patamar superior onde compreendemos que a beleza não foi feita para ser nomeada, é para ser sentida e nos elevar a uma sensação que sabemos rara. Torna a vida suportável, dá-nos esperança, renova nossas forças, pois em um mundo que existe isso deve haver mais que faça os olhos e a alma se inundarem e que nos dê esperança de que o que dói, do que é feio e nos faz sofrer, em algum momento, será suplantado pela beleza do inexplicável e,com isso, renovamos a esperança e nos preparamos para o amanhã, cheios de expectativas, cheios de esperança, de que o monstro será vencido pelo belo, mas nem sempre é assim, a dor é forte, muito forte e machuca, quando já escreveram sobre isso? E, quando estamos mergulhados nela, não enxergamos nada mais além dela, apenas queremos que pare, que acabe e, afundados nela, o belo passa despercebido e nem adianta alguém tentar nos mostrar que isso pode ser alterado, porque deve ser de dentro para fora, e, mesmo que ciência e religião tenham suas teorias, ninguém sabe com certeza como vem e como vai, em que instante a dor alivia e voltamos a olhar ao redor e ver que há mais do que víamos antes.
Viva as cores
Cores que alegram a vida, são as mesmas que trazem doces recordações que me fazem chorar, chorar e rir ao mesmo tempo. O primeiro amor, os primeiros amores, amigos, irmãos, baladas, amiga para sempre só uma("sou um animal sentimental", Legião Urbana) adoro minha sensibilidade adoro amar, agradar, conquistar, mas também sei me afastar sem sofrer muito, aprendi há algum tempo.
terça-feira, 24 de novembro de 2015
Tic! Tac!
É no bater das horas
Na antecipação da alegria
Dos fugazes momentos
Da mais pura folia
Que busco a mais doce harmonia
Entre nós
segunda-feira, 23 de novembro de 2015
Quando a vi
Todas as vezes que a vi, percebi sua tristeza, seu olhar vazio, seus movimentos lentos, sabia que não devia tocar no assunto e tratei -a com toda delicadeza possível, sabendo que as dores, por mais diferentes que sejam, doem do mesmo jeito. Senti-me revoltada, não podia ajudá-la, pois estava quebrada por dentro, habitava em mim, sombras dolorosas de minhas dores e algumas alegrias. Queria estender minha mão e dizer que tudo ficaria bem, mas você sabe que eu não posso garantir isso.
Abraçá-la, afagar seus cabelos e fingir uma segurança que, há muito, fui privada e, tentar com isso, animá-la a acreditar que isso passa...
Quisera eu mudar as coisas... Não posso afirmar que haja superação, não há como superar. Temos que aprender e aproveitar a lição de tudo isso. Estou aqui, sempre estarei aqui e, mesmo que não esteja, contrariando tudo, estarei.
Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.
É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.
Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.
O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...
sexta-feira, 20 de novembro de 2015
Prolixidade
Sei que minha história tortuosa segue caminhos desconhecidos, aquilo que já vivi parece nem ter existido, sei que são somas de todos os momentos ruins de minha vida que fazem a pessoa que sou hoje e que faz que o amor e comiseração pulsem forte em minhas veias, pois sei como a roda da vida gira, hoje você está bem, mas insatisfeito e amanhã você sabe que deveria ter se contentado com o que tinha... É assim que a gente aprende pelo sofrimento, ninguém aprende pelo amor como se diz no ditado, a gente aprende pela dor somente. Perder, perder e aprender tem algumas lembranças boas, elas nem sempre vêm primeiras e depois as que me formaram, sempre são as ruins, as que bloqueio intencionalmente, sabendo que estão ali adormecidas e acordam e cochilam novamente, sempre.
Escrever é um ato de amor e de fidelidade, pois quero deixar minha marca no mundo, mesmo que não sirva para nada, estarei aqui, nestas palavras derretidas pelo calor, pelo ímpeto que despertam em mim.
Elas pululam em meu peito, querem sair em um jorro , mas os limites impedem que eu as tenha em meu alcance, MAS EU VOU ME LIBERTAR!
ROSÂNGELA FERREIRA LUZ 21/11/2015
Quando não há explicação plausível
A vida me corroe, já não tenho vontade de olhar para algumas pessoas, se não fosse minha hipocrisia...
Cansada, entediada, desanimada, em suspensão... Querendo o quê? Paz. E eu mesma acabei com minha paz e agora vivo à flor da pele, tudo que sinto é intenso, alegrias, tristezas, compaixão, raiva, menos solidão... a solidão nunca foi problema para mim, poupa-me muito esforço estar só, estar com pessoas exige muito de mim, pensar o que dizer, como escutar, como olhar, cuidar da linguagem corporal affs, me estafa...
Foda-se tudo, vivo o hoje porque o amanhã dista-se em mil facetas iluminadas de puro ardor e de puro gelo, dois extremos tão diáfanos que parecem se misturar e me entorpecer.
Você se foi tão rápido, tinha noção que morreria tão rápido? Ou a esperança nula grita mais forte nestas horas? Acreditava em recuperação, sofrimento seguido de glória? Ou sabia que não adiantava mais nada e mesmo assim tentou? Quem sabe na sorte... E não deu... Morremos juntos, apenas fingimos que estamos vivos porque nossa finitude se fez presente e não vai mais se ausentar, nada de esperança nas crianças ou no mundo ou em Deus, tudo virá de qualquer forma como avalanche e nos varrerá da história.
ROSÂNGELA FERREIRA LUZ 21/11/2015
Já viveu hoje?
Minha vida é feita de pontas soltas, que nunca sei onde irão dar, a única certeza é de quem quase sou, o que indica uma grande incerteza, porque meus descaminhos me trouxeram até aqui, neste lugar, onde penso em parar, onde penso quando pararei, eufemismo para morte
Companheira de horas solitárias, horas de desespero, horas em que não sei aonde ir...
Horas em que observo a inutilidade de tudo vivido e tanto amor desperdiçado, tanto carinho aleatório, tantas flores murchas que, por um breve instante, viçosa e em outro, pétalas murchas que começam a feder.
Mas a efemeridade das flores não são eufemismos para a vida humana? Não somos viçosas no apogeu e murchas na derrocada?
As pedras sólidas e disformes seriam outra categoria de vida humana?
Durável mas nem sempre colorida, viva, efêmera... Porque o durável não nos ensina a valorizar a vida, mas o instante breve de nossas vidas faz-nos apreender o mínimo no universo caótico de uma existência assoberbada de erros que terminaram em amor, este de flor para flor, visão de luz e escuro, de tons de cinza e matizes coloridos, de altos e baixos.
De humanidade. quinta-feira, 19 de novembro de 2015
Negra
Preta é minha pele
E tenho tanto orgulho
O sofrimento é grande
Sou Mulher, preta e pobre
A cor da minha pele rege a minha vida
Ralar mais, estudar mais, ser mais
Exigências de um lugar ao sol
Que escurece também ao pôr do sol
Olhares de desprezo (quantos)
Ditos de chacota (quantos)
Ao sinal de fraqueza humana
"Não aguenta, coitada, é preta
É preguiçosa da canela fina
Seu cabelo desgrenhado
É motivo de chacota
Para que serve se é ruim e armado?"
Piadas a vida inteira
E a doce e nojenta mentira
Como se consolo fosse
"Você não é negra, é morena"
Quantas professoras, engenheiras
E médicas negras você conhece?
Poucas, não é?
A cota da universidade
Dizem que discrimina o negro
Mas não contam os séculos
Que estamos à margem
Somos muitos e somos menos
A dor de tantos não amolece o coração de muitos
Por que ter dó se não servem pra nada?
Tudo ladrão viciado
De péssimos hábitos
E logo mostram porque valemos tão pouco
Pra que casa, carro, luxo?
Dizem que não preciso de tanto
Um teto e uma TV
É tudo que preciso, dizem
Triste mundo onde morremos como moscas
Porque não valemos nada
Negra????
Vai ganhar as ruas, ouvi
Seria o ápice de minha vida
Sou tinhosa, ninguém limita o que posso
Ninguém sabe a minha força
Ninguém sabe como luto
Para poder escrever aqui
E deixar a mensagem que quero
Sou negra sim
E cada célula do meu corpo
Vale mais do que você
Que lê isso e pensa "bobagem"
Embora não conheça minhas cicatrizes
E por tudo que passei e passarei
Para garantir meus plenos direitos
Vista minha pele por um dia
Note a diferença e chore...
ROSÂNGELA FERREIRA LUZ 19/11/2015
domingo, 15 de novembro de 2015
Insana
Quero meu riso frouxo
Sem me preocupar se reparam ou não
Quero a risada escancarada
De quem não se importa com o que pensem ou façam ou falem
Quero abraçar, beijar sem falsa moralidade ou hipocrisia
Beijo francês no meio da rua
Com um estranho qualquer
Comemorando a alegria de ser livre e poder
Faço o que quero e não estou nem aí
Faço o que quero quando posso
Faço o que quero sem limites
Faço o que quero quando quero
Me embriago e me diverto
E se quiser, eu brigo
Eu choro
Eu xingo
Eu amo
A qualquer hora, em qualquer lugar
Saio de casa sem fechar a porta
Grito e me rasgo em mil pedaços
Deito e durmo em minha horta
Ando nua na chuva
Te pego de jeito na rua
Pois meu nome rima com liberdade
E faço o que tenho vontade
Sou depravada
E sou santa
E a loucura é minha companheira
Dá cor e vida aos meus dias
Somando as minhas alegrias
A meu bel prazer
Torno -me cinzas, renasço fênix
E isso, meu caro, ninguém me tira!
ROSÂNGELA FERREIRA LUZ 18/11/2015
Fuga
Meu olhar esvaziado,
Esgotado das andanças,
Desbotado desvairado
Perdido nas lembranças
Cada ruga cada linha
Marcas das vivências
Cada risco e rabisco
Uma história a contar
Cada dor, cada sorriso
Espalhado em meu rosto
Combalido enfraquecido
Tão cansado, tão cansado
Tão cansado de chorar
Tão cansado de viver
Tão cansado de sofrer
E eu, eis me aqui
Forte e fraca
Sem lugar sem espaço
Esperando a vida se cumprir
Forte por continuar a viver
Fraca por continuar a viver
Sem eira nem beira
Atrás da luz amarela
Atrás dos risos de outrora
Atrás das festas singelas
Que não visitarei mais
Não terei mais
Será que o quê de bom vivemos
Ao recordar melhor será?
Acentua -se a alegria e a tristeza?
As dores e amores?
Estou cansada de festas
Estou cansada de velórios
Quero, enfim, chegar ao fim...
ROSÂNGELA FERREIRA LUZ 16/11/2015
Brejeira
Ei, você, tão brejeira,
Do olhar instigante e carinha maneira
Por que me olha tão faceira?
Querendo brincar???
Minha mãe falou para voltar logo
Se você quer brincar
Tem que ser logo
Para aproveitar o tempo
Porque logo, logo ela me chama
Para tomar banho ou jantar
Não sei, mas eu quero brincar
Do que será? Mãe da rua?
Pula minha sela?
Ou jogar conversa fora?
Vamos brincar de explorador?
A gente anda em volta dos prédios
Revirando jardim atrás de bicho
Também vamos catar flor
Antes que fique muito escuro
Antes que a mãe chame
E acaba com a brincadeira
Imersa
Uma pausa, por favor
Preciso respirar, aprimorar a minha dor
Por isso vim aqui
Quanto tempo faz? Quanto tempo falta?
Pensar em todos não alivia nem aumenta os sentimentos
A saudade me faz rir, me faz temer
E também me faz chorar
Por não poder reviver os melhores momentos quando quero
Aonde foram todos?
E por que só eu estou aqui?
Minha alma é controversa
Quer reviver até o que não presta
Quer rever até o que melhor fica perdido
Na memória
Um café expresso, por favor
Daqueles bem forte
Pra acordar e sair dessa inércia
Atropelar as atividades
Fugir dos pensamentos
Evitar e cortar os excedentes
Ficar na zona de conforto
Viver na superficialidade
Fingir serenidade
recolher os dejetos, limpar toda a casa
Mais um café, por favor
Vamos contar como chegamos até aqui
Tudo que se foi
Tudo que virá
Os que não veremos mais
Os que estão por vir
Vamos rir do que já passou
E esquecer o que faz chorar
Vamos ver se sabemos
Onde todos estão, onde todos estarão
Vamos fingir que não tememos o que há de vir
Vamos fingir que somos sortudos
Por ainda estarmos aqui
Vamos fingir satisfação e realização
Perfeição, pois tudo é como queremos
Mais um café, por favor
Estamos nervosos
É hora de se despedir
Tantas mentiras foram ditas
E outras malditas
Tantas suprimidas
Mais uma pausa, por favor
ROSÂNGELA FERREIRA LUZ 15/11/2015
sábado, 14 de novembro de 2015
Mariana, minha flor
Quando os sabores se confundiram e não me senti mais eu
Quando senti o pulso de outro pulsar em mim
Quando os pássaros revoaram em torno do céu
Anunciando que seu caminho se abria dentro de mim
Tudo mudou
Todo o mal se apagou e todas as lágrimas perderam sua razão de ser
Agora só importava você
Quando vi seu rosto a primeira vez
Quando a alimentei, a banhei
Tudo mudou em mim
Seu primeiro espirro, seu primeiro passo
Seus olhos dançando nos meus
Seus sorrisos iluminando meu mundo
Meu mundo virado em você
Uma nova canção tocou
Uma nova estrela nasceu
Uma lágrima escorreu
E eu conheci a paz
No meio de tanta cinza
No meio de tanta cinza, ver brotar a vida que,
Mesmo diante de ti, já morta, causa ainda
Uma urgência, uma aflição sem nome
Que sem preâmbulos digo
Que nada mais importa,
Só o que encontra hoje
Para lapidar a alma infecta
Que habita no ser
Que observa e que admira
Este frágil desabrochar
Mesmo sabendo que
Não encontrará eco dentro de si,
Diante de si, no fundo de si
Olhos mortos cansados de ver,
Olhos mortos cansados de sentir,
A vida a pulsar agigantar-se diante de si
E não dentro de si
Ver o cinza onde não há mais cores,
Onde não há mais vida,
Só existe a esperança diante de si
Em suas mãos já secas, mortas,
Mas que ainda servem para conter a vida
Que urgente quer desabrochar e
Esta força vital umedece seus olhos
Já mortos para e pela vida e
Aflita em avisar que tanta energia
Rapidamente será sugada, destruída e será à toa,
Que logo estará morta no meio de tanta cinza,
Achando que até aqui tudo valeu
Como o mundo quer que acreditemos
Pensando que não descobriremos
Como tudo é tão fugaz,
Veloz como um flash
Rumo a um abismo que não tem fim
ROSÂNGELA FERREIRA LUZ 14/11/2015.
Mesmo diante de ti, já morta, causa ainda
Uma urgência, uma aflição sem nome
Que sem preâmbulos digo
Que nada mais importa,
Só o que encontra hoje
Para lapidar a alma infecta
Que habita no ser
Que observa e que admira
Este frágil desabrochar
Mesmo sabendo que
Não encontrará eco dentro de si,
Diante de si, no fundo de si
Olhos mortos cansados de ver,
Olhos mortos cansados de sentir,
A vida a pulsar agigantar-se diante de si
E não dentro de si
Ver o cinza onde não há mais cores,
Onde não há mais vida,
Só existe a esperança diante de si
Em suas mãos já secas, mortas,
Mas que ainda servem para conter a vida
Que urgente quer desabrochar e
Esta força vital umedece seus olhos
Já mortos para e pela vida e
Aflita em avisar que tanta energia
Rapidamente será sugada, destruída e será à toa,
Que logo estará morta no meio de tanta cinza,
Achando que até aqui tudo valeu
Como o mundo quer que acreditemos
Pensando que não descobriremos
Como tudo é tão fugaz,
Veloz como um flash
Rumo a um abismo que não tem fim
ROSÂNGELA FERREIRA LUZ 14/11/2015.
Vou sair por aí...
Estou de saco cheio,
Vou sair por aí, encher a cara, rastejar no chão,
Viver uma catarse para me livrar de você que está em mim
E daí? Dará certo???
Sei que não será por aí,
Não custa tentar alterar o que aqui está
E mudar o que já encheu,
Abrir novas portas, cair em outras realidades,
Viver novas vidas, ser outra pessoa
Pintar a cara de novo, roupa estalando de nova
Sorrir à estranhos, jogar conversa fora
Sentar no bar, pedir algo forte para empurrar goela abaixo
A história que hoje contarei, quem sou, quem fui, quem serei
Em um dado momento percebo que o clímax passou
Olho para cima, seguro as lágrimas e finjo ver tudo pela primeira vez,
A pintura escorreu, o sorriso murchou,
A novidade passou, o bar fechou,
Todos se foram, só eu teimo em ficar por aqui...
Caindo pela rua, sozinha mais uma vez
Encerrando a noite para amanhã fazer tudo mais uma vez.
ROSÂNGELA FERREIRA LUZ 14/11/2015
Vou sair por aí, encher a cara, rastejar no chão,
Viver uma catarse para me livrar de você que está em mim
E daí? Dará certo???
Sei que não será por aí,
Não custa tentar alterar o que aqui está
E mudar o que já encheu,
Abrir novas portas, cair em outras realidades,
Viver novas vidas, ser outra pessoa
Pintar a cara de novo, roupa estalando de nova
Sorrir à estranhos, jogar conversa fora
Sentar no bar, pedir algo forte para empurrar goela abaixo
A história que hoje contarei, quem sou, quem fui, quem serei
Em um dado momento percebo que o clímax passou
Olho para cima, seguro as lágrimas e finjo ver tudo pela primeira vez,
A pintura escorreu, o sorriso murchou,
A novidade passou, o bar fechou,
Todos se foram, só eu teimo em ficar por aqui...
Caindo pela rua, sozinha mais uma vez
Encerrando a noite para amanhã fazer tudo mais uma vez.
ROSÂNGELA FERREIRA LUZ 14/11/2015
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